O Amor
É como a morte
Ato banal de todo dia...
Emoção forte
De tristeza ou de alegria,
Ele sempre nos surpreende,
E a ele nunca nos acostumamos
Talvez...
O Amor é como a morte:
Quando amamos
É sempre a primeira vez.
Por ser feito de felicidade o Mundo em que eu vivo, eu tinha certeza de sua presença cada vez mais próxima de min.
Por eu ter uma sensação antecipada pela sua chegada havia em mim o medo da morte.
Te amo com todas as minhas forças...
E só a você desejo amar assim.
Sou teu de todas as formas que você imaginar
Sinto meu Coração bater através do seu.
Porque você me traz a Paz.
Desenrolam-se as curvas do caminho à proporção que aos poucos avançamos...
Um dia, - e eu vinha então triste e sozinho, - um dia, - vinhas sós...
Encontramos-nos...
Desde esse dia, juntos, simulamos duas asas de um mesmo passarinho,
- nesse destino que entrançou dos ramos que dão a mesma flor... e o mesmo espinho...
Depois de tantas curvas já vencidas, que sejamos ao fim de nossas vidas a perfeição do amor que nos conduz.
Pronto...
Já agora seremos como dois irmãos, unidos pelo amor que há pouco nos venceu...
Meus sentidos não tocarão tua beleza nem sentirás a aspereza de meu corpo de encontro ao teu...
Há em ti a quietude das águas remansosas e protegidas, e eu sou como um barco de velas recolhidas guardando no cordame dos mastros a nostalgia erótica dos ventos e no bojo, ressoante, o rumor impetuoso do mar alto...
Pronto...
Já agora o meu pensamento ficou límpido e sereno como o céu sem nuvens depois que o vento passou num temporal...
- E consigo te amar – um amor quase fraterno e ameno,
- Que fica à margem do bem...
- Que paira acima do mal!
Já agora seremos apenas como dois irmãos...
Adormecerás em meus braços, com a tua mão que ficou em minhas mãos, e eu ficarei a enlaçar-te, com os lábios em teus cabelos numa ternura imensa, esquecido de minha presença...
Tens um vago olhar de sonho,
Eu um vago olhar de criança
E envolve-nos essa paz, essa serenidade.
Já não me ouves, vem sei... Se a tua cabeça em meu ombro pende, em abandono... Meus sentidos não acordaram a tua beleza, nem sentirás a aspereza de meu corpo perturbar a teu sono...
Pronto...
Ficaste nos meus braços, quieto, adormecido, como dentro de minhas mãos as tuas mãos...
Estranho o nosso amor...
Interessante a Vida...
- Há pouco, loucos como dois amantes!
- Agora, puros, como dois irmãos!